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Trump ignora Bolsonaro em telefonema a Lula – 06/10/2025 – Poder

O presidente americano Donald Trump não citou o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no telefonema desta segunda-feira (6), de cerca de 30 minutos, com o presidente Lula (PT). O julgamento de Bolsonaro foi um dos argumentos usados pelo governo dos EUA para aplicação de sanções contra o Brasil.

Na conversa, Lula pediu a Trump a retirada do tarifaço imposto pelo republicano ao Brasil. O petista também solicitou que Trump suspenda “medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras” —o republicano cassou vistos de auxiliares de Lula e autorizou sanções financeiras contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Moraes também não foi nominalmente citado, segundo testemunhas da conversa. Ainda segundo relatos, a conversa transcorreu de forma descontraída. Lula chegou a dizer que não tinha inimigos. Em resposta, Trump disse que os tem.

Como prova de sua disposição ao diálogo, Lula lembrou que, em seus primeiros governos, manteve bom relacionamento com o ex-presidente americano George W. Bush, republicano como Trump.

No final da conversa, os dois presidentes trocaram seus números de telefone para que possam se falar sem intermediários. No telefonema, Trump e Lula falaram até do vigor físico.

Já de início, Lula comentou estar prestes a completar 80 anos, sendo seis meses mais velho que Trump. O presidente americano disse ter vigor de 40 anos, segundo relatos. Lula, por sua vez, afirmou ser movido por uma causa.

Como antecipou Mônica Bergamo, o republicano disse que o encontro que tiveram na Assembleia Geral da ONU, no mês passado, foi uma das “poucas coisas boas” que aconteceram a ele no evento. No telefonema desta segunda-feira, Trump voltou da se queixar dos problemas técnicos enfrentados durante seu discurso, como do teleprompter.

Crítico da ONU, Trump reclamou, em seu discurso na Assembleia, até mesmo da escada rolante, que não funcionou quando ele e a primeira-dama dos EUA, Melania Trump, tiveram que usá-la.

Ainda segundo relatos, Lula pediu que as sanções fossem suspensas para que possam negociar a partir do zero. O americano teria respondido que submeterá a proposta a seu secretariado.

De acordo com comunicado do Palácio do Planalto, Trump escalou seu secretário de Estado, Marco Rubio, para dar sequência às negociações com autoridades brasileiras sobre o tema. Ambos líderes concordaram ainda em realizar uma reunião presencial em breve, e Lula sugeriu a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), no final de outubro na Malásia, como uma opção.

Ainda segundo o comunicado, Lula se colocou à disposição para viajar aos Estados Unidos e encontrar-se com Trump.

“O presidente Trump designou o secretário de Estado Marco Rubio para dar sequência às negociações com o vice-presidente Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda Fernando Haddad. Ambos os líderes acordaram encontrar-se pessoalmente em breve. O presidente Lula aventou a possibilidade de encontro na Cúpula da Asean, na Malásia; reiterou convite a Trump para participar da COP30, em Belém (PA); e também se dispôs a viajar aos Estados Unidos”, afirmou o Palácio do Planalto.

A nota do governo descreve que a conversa telefônica durou 30 minutos e ocorreu “em tom amistoso”. Lula e Trump “relembraram a boa química que tiveram em Nova York por ocasião da Assembleia Geral da ONU”, diz o Planalto.

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