Israel disse nesta segunda-feira (6) que mais 171 ativistas da flotilha Global Sumud, que tentava romper o bloqueio de ajuda humanitária de Tel Aviv à Faixa de Gaza, foram deportados para Grécia e Eslováquia. O grupo inclui a ativista climática Greta Thunberg.
De acordo com o Estado judeu, os deportados são cidadãos de Grécia, Itália, França, Irlanda, Suécia, Polônia, Alemanha, Bulgária, Lituânia, Áustria, Luxemburgo, Finlândia, Dinamarca, Eslováquia, Suíça, Noruega, Reino Unido, Sérvia e Estados Unidos.
Brasileiros não estão no grupo, de acordo com o Ministério de Relações Exteriores israelense.
Os cerca de 45 barcos da flotilha partiram de Barcelona, na Espanha, no dia 31 de agosto, levando aproximadamente 400 ativistas de mais de 45 países, e começaram a ser interceptados na quarta (1º). Ativistas de outras nacionalidades que já saíram de Israel e tiveram seus processos de deportação concluídos afirmaram terem sofrido maus-tratos dentro da prisão, o que Tel Aviv nega.
Segundo a organização Adalah, que oferece assistência jurídica aos presos, vários participantes relataram ter sido interrogados por pessoas não identificadas, e outros relataram abusos por parte dos guardas. Ainda de acordo com os relatos, houve casos de presos que foram vendados e algemados por longos períodos, e uma mulher relatou ter sido forçada a remover seu hijab, o véu islâmico, e recebeu apenas uma camisa como substituição.
Israel negou todas as acusações. ” Todos os direitos legais dos participantes dessa ação de relações públicas foram e continuarão sendo totalmente respeitados. As mentiras que eles estão espalhando fazem parte de sua campanha de notícias falsas pré-planejada”, afirmou a chancelaria israelense, que chama os ativistas de “provocadores da flotilha Hamas-Sumud”.