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Israel interceptou último barco de flotilha – 03/10/2025 – Mundo

A flotilha Global Sumud, que tentava furar o boqueio de Israel rumo à Faixa de Gaza, anunciou que o último barco da iniciativa foi interceptado nesta sexta-feira (3) pelas Forças Armadas israelenses. O veleiro, chamado Marinette, carregava seis tripulantes, segundo a organização.

“As transmissões ao vivo e as comunicações foram cortadas, e a situação dos participantes e da tripulação permanece não confirmada”, afirma a nota divulgada pelo grupo.

Tel Aviv começou a operação na quarta-feira (2) e já teria detido mais de 400 ativistas a bordo de 41 embarcações. Nesta sexta, o Ministério de Relações Exteriores afirmou em um post no X que já deportou quatro cidadãos italianos. A identidade deles não foi divulgada.

” O restante está em processo de deportação. Israel está empenhado em concluir esse procedimento o mais rápido possível”, segue o post, acompanhado de uma foto da sueca Greta Thunberg e outros ativistas detidos. “Todos estão em segurança e com boa saúde.”

Tel Aviv anunciou um dia antes, na quinta, que havia começado as deportações dos detidos para a Europa, sem dar mais detalhes.

O governo israelense diz ainda que a flotilha “não passou de uma provocação”. O Itamaraty deve visitar nesta sexta os brasileiros que participavam da iniciativa.

Catorze cidadãos do Brasil que integravam o grupo foram detidos, segundo a assessoria da flotilha. A lista inclui o ativista Thiago Ávila, que já havia sido preso em tentativa anterior de chegar a Gaza; a vereadora de Campinas pelo PSOL Mariana Conti; a deputada federal pelo PT Luizianne Lins; e a presidente do PSOL no Rio Grande do Sul, Gabi Tolotti.

O Itamaraty publicou uma nota em que “condena, nos mais fortes termos, a interceptação ilegal e a detenção arbitrária, por Israel”.

A decisão de barrar a chegada da flotilha abriu uma nova crise diplomática para Tel Aviv, já sob pressão internacional decorrente da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Diversos governos condenaram a ação das forças militares israelenses, e pessoas foram às ruas protestar em países como Irlanda, França, Espanha, Itália, Tunísia e Alemanha.

Antes da interceptação efetiva, Tel Aviv havia advertido os ativistas para mudarem de rota e seguirem até o porto israelense de Ashdod, no qual a ajuda para os palestinos poderia ser descarregada e transferida até Gaza por “canais seguros”.

Agora, o governo israelense acusa a flotilha de não transportar itens de ajuda que o movimento afirmava carregar.

“A polícia de Israel está procurando a ajuda humanitária […] para que possa ser transferida pacificamente para Gaza. O único problema: até agora não encontraram muita coisa. Como dissemos, nunca se tratou de ajuda. Sempre se tratou de provocação”, diz outro post do ministério, com um vídeo que supostamente mostra o interior de um dos barcos vazio.

A flotilha saiu de Barcelona, na Espanha, no dia 31 de agosto, com cerca de 45 embarcações e ativistas de mais de 45 países.

As últimas tentativas de abrir um corredor humanitário simbólico por mar também foram frustradas pelas forças militares israelenses. Renderam, porém, repercussão midiática e maior visibilidade para o movimento contra o bloqueio.

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