O Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou nesta quarta-feira (1º), por meio de comunicado, que foi forçado a suspender temporariamente as operações na Cidade de Gaza e a realocar funcionários devido à escalada das hostilidades na região.
“O CICV continuará a se esforçar para prestar apoio aos civis na cidade de Gaza, sempre que as circunstâncias permitirem, a partir de nossos escritórios em Deir al-Balah e Rafah, que permanecem totalmente operacionais”, disse na nota (leia aqui). “Há décadas na Cidade de Gaza, o CICV permaneceu o máximo de tempo possível para proteger e apoiar as pessoas mais vulneráveis após a recente intensificação das hostilidades.”
Israel intensificou ações militares em Gaza enquanto o grupo palestino Hamas continua análise da proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para cessar-fogo na região.
Aviões e tanques israelenses bombardearam bairros residenciais durante a noite, disseram moradores de Gaza. As autoridades de saúde locais disseram que pelo menos 35 pessoas foram mortas nesta quarta, a maioria delas na cidade.
O ministro da Defesa, Israel Katz, descreveu a medida como “um cerco mais apertado em torno de Gaza, a fim de derrotar o Hamas”, dizendo que os palestinos dispostos a partir para o sul teriam que passar por uma verificação do Exército.
“Esta é a última oportunidade para os residentes de Gaza que desejam se deslocar para o sul e deixar os membros do Hamas isolados na própria Cidade de Gaza diante das operações em grande escala contínuas das Forças de Defesa de Israel”, disse Katz.
Nesta terça-feira (30), Trump deu ao grupo “três ou quatro dias” para responder ao plano que ele divulgou nesta semana ao lado do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, que apoiou a proposta para encerrar a guerra.
A ONU (Organização das Nações Unidas) afirma que é necessária muito mais ajuda e que não consegue distribuir suprimentos de forma confiável em Gaza, culpando as restrições militares israelenses aos movimentos e o colapso da lei e da ordem.
Israel diz que não há limite quantitativo para a entrada de alimentos em Gaza e acusa o Hamas de roubar a ajuda, acusações que o grupo militante palestino nega.