A cúpula do PP define como o sábado (4) o prazo para que o ministro André Fufuca (Esportes) deixe o governo Lula (PT). Originalmente a data-limite era esta quarta-feira (1).
União Brasil e PP anunciaram no dia 2, há quase um mês, dois movimentos que têm implicações sobre a relação com o governo: a decisão de deixar ministérios ocupados por políticos com mandato e o apoio à anistia do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pela condenação por liderar a trama golpista.
À época, dois partidos afirmaram que todos os “detentores de mandatos” devem sair do governo até o dia 30 de setembro, sob pena de serem expulsos. Isso significa que deverão deixar os cargos Fufuca e Celso Sabino (Turismo), deputados federais licenciados pelo PP e pelo União Brasil, respectivamente.
Apesar dessa decisão, os dois partidos não pretendem abrir mão do controle de outros cargos no governo, como na Caixa Econômica Federal, na Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba), na Telebras e nos Correios, além de políticos no segundo e terceiro escalão de ministérios.
O União Brasil chegou a antecipar a data de saída. Sabino entregou uma carta com pedido de demissão, mas deve acompanhar Lula em evento oficial em Belém nesta quinta (2). Ele quer sair candidato ao Senado pelo Pará, estado pelo qual foi eleito deputado federal.
Agora, a expectativa é que deixem o governo neste fim de semana. Por enquanto, Lula não tem tomado a iniciativa de exonerá-los. Fufuca e Sabino tentam convencer seus partidos a autorizarem uma extensão do tempo de permanência no governo.
No caso do União Brasil, pesará também a opinião do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (AP).
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