O vereador Thammy Miranda (PSD) protocolou projeto de resolução que possibilita o retorno do modelo híbrido, com opção de votações à distância, nas sessões plenárias da Câmara Municipal de São Paulo.
A medida é bastante controversa. Vereadores de oposição ao prefeito Ricardo Nunes (MDB) entendem que a votação presencial favorece a obstrução de projetos de lei e de resolução.
Também há vereadores da base do prefeito que são contrários ao retorno do modelo híbrido. A sessão presencial é, para quem milita nas redes sociais, a chance de produzir vídeos e publicar cortes.
Pelo projeto, Thammy defende que o modelo presencial seja obrigatório apenas para deliberar sobre parecer prévio do Tribunal de Contas do Município, destituição dos membros da Mesa e emendas à Lei Orgânica do município.
Hoje, a votação online é uma opção apenas para projetos que tratam de datas comemorativas, honrarias e denominações de ruas.
Thammy diz que o formato digital é apenas um complemento e irá permitir que todos os vereadores possam debater e votar projetos, mesmo à distância, por problemas de saúde, compromissos oficiais e emergências nas comunidades que atuam.
Ele cita, como exemplo, que levaria pelo menos uma hora para se deslocar da Câmara até o Jardim Arpoador, na zona oeste da capital.
“A nossa cidade é gigante, temos mais de 1.500 quilômetros quadrados, e entendo que uma das principais funções do vereador é a aproximação com as pessoas”, afirma o vereador.
“Essa medida pode fazer com que a gente cumpra a nossa função burocrática como também função social de estar ao lado dos que precisam”, prossegue Thammy.
O modelo híbrido, adotado na pandemia, somente foi interrompido em março deste ano, em meio à negociação para que a Casa aprovasse o projeto de lei que permite mudar o nome da GCM (Guarda Civil Metropolitana) para Polícia Municipal.
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