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Claudia Cardinale é homenageada ao redor do mundo – 24/09/2025 – Ilustrada

De Roma a Paris, as homenagens se multiplicam nesta quarta-feira (24) após a morte de Claudia Cardinale, grande dama do cinema.

Os elogios vieram primeiro do mundo do cinema, do qual Cardinale, morta na terça-feira aos 87 anos em Nemours, perto de Paris, foi um ícone mundial. A atriz trabalhou em mais de 150 filmes sob a batuta de diretores como Luchino Visconti, Federico Fellini, Richard Brooks ou Sergio Leone.

“Talvez tenha sido a estrela mais bela da época mais bela e rica do nosso cinema”, afirmaram os encarregados pelos lendários estúdios romanos Cinecittà, Antonio Saccone e Manuela Cacciamani, onde vários de seus filmes foram rodados.

A Bienal de Veneza, que organiza o tradicional festival de cinema da cidade, homenageou a memória de uma atriz “única e inesquecível”, que “iluminou o cinema autoral italiano e internacional”.

Conhecida por seus papéis em filmes como “O Leopardo” e “Era Uma Vez no Oeste”, Cardinale era uma das atrizes mais emblemáticas do cinema italiano, juntamente com Gina Lollobrigida e Sophia Loren.

O Festival de Cannes, por meio de seu delegado-geral, Thierry Frémaux, homenageou uma “italiana aventureira, livre e apaixonada” que “nos roubou o coração filme após filme sempre com sua alegria e ousadia”.

Os chefes de Estado italiano e francês juntaram-se às homenagens a esta atriz nascida em La Goulette, na Tunísia, em 15 de abril de 1938, filha de mãe francesa e pai siciliano.

Simples e humilde

O presidente italiano, Sergio Mattarella, descreveu-a como “uma artista extraordinária, uma heroína inesquecível do cinema italiano e internacional”.

“Claudia Cardinale encarnava um olhar, um talento que trouxe tanto às obras dos maiores, de Roma a Hollywood, e Paris, que escolheu como pátria”, afirmou o presidente francês, Emmanuel Macron, no X.

Aos 17 anos, Cardinale venceu um concurso de beleza ao qual nem sequer havia se inscrito e que mudou sua vida. Convidada para a Mostra de Veneza, encantou o mundo do cinema antes de atuar, aos 22 anos, em “Rocco e Seus Irmãos” (1960), de Visconti.

Com o diretor italiano, fez um de seus filmes mais importantes, “O Leopardo”, ao lado de Alain Delon e Burt Lancaster, em 1963.

Apesar de ser uma estrela mundial, a atriz vivia “de forma simples e humilde, tal como ela era”, disse à AFP sua filha, Claudia Squitieri, que morava com ela em Nemours, cerca de cem quilômetros ao sul de Paris, em um lugar eclético que abrigava sua casa e a Fondazione Claudia Cardinale, um centro de acolhimento e promoção de jovens artistas.

“Estou muito feliz por ter podido compartilhar esses últimos anos com ela, em festas e na vida movimentada deste lugar”, acrescentou. “Acredito que ela foi feliz aqui”.

Nesta quarta-feira, algumas pessoas anônimas foram deixar flores na porta verde de sua casa.

Entre elas estava Patricia que, muito emocionada, queria prestar homenagem a uma “grande dama”. “Ela marcou toda a minha vida”, disse a mulher.

“Eu lhe falava frequentemente de ‘Era Uma Vez no Oeste'”, lembra outro vizinho, Frédéric Renard. “E toda vez, ela me dizia: ‘Mas, sabe?, fiz outros filmes'”, e contava os “bastidores” das gravações.

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