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PF monta força-tarefa para apreensões em operação do INSS – 23/09/2025 – Brasília Hoje

A perícia da Polícia Federal montou uma força-tarefa para analisar as cerca de 50 obras de arte apreendidas com alvos da Operação em Desconto, sobre as fraudes nos descontos associativos do INSS.

Dez peritos irão verificar a autenticidade no material, que é atribuído como de autoria de artistas renomados, como Di Cavalcanti e Tomie Ohtake.

Os quadros e demais obras, apreendidas em operações realizadas em São Paulo e Brasília, serão analisados no INC (Instituto Nacional de Criminalística) da PF em Brasília. Os exames já foram iniciados, mas ainda não há data prevista para o término.

A identificação oficial das obras só poderá ser confirmada após a realização do trabalho da perícia oficial, que também vai estimar o valor de cada uma.

A Polícia Federal passou a contar, desde 2019, com o GOIA (Grupo de Obras de Arte), devido ao aumento da demanda por análises em obras de arte.

O grupo, formado por peritos criminais federais de diversas áreas, como química, física e engenharia, atua em casos complexos do mercado de arte, envolvendo crimes como falsificação, lavagem de dinheiro e tráfico de bens culturais.

Os peritos criminais usam equipamentos de precisão que mostram pigmentos, substratos, suportes e grau de envelhecimento dos materiais. Também cruzam dados com bancos internacionais e acervos museológicos do mundo inteiro.

Eles também investigam se há indícios de falsificação deliberada ou uso de peças para encobrir movimentações financeiras ilícitas.

O presidente da APCF (Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais), Marcos Camargo, explica que a perícia em obras de arte exige um nível técnico extremamente elevado, com análises químicas modernas e uma detalhada avaliação histórica e documental.

“Não é uma simples observação estética, mas um processo científico rigoroso. É comum encontrarmos vínculos entre obras de procedência duvidosa e esquemas de lavagem de dinheiro”, afirma Camargo.

Além de quadros, o grupo já atuou na análise de esculturas, gravuras, moedas, objetos sacros, fósseis e arte indígena.

Parte das obras apreendidas pela PF, como um quadro de Di Cavalcanti datado de 1971, foi encontrada no endereço do advogado Nelson Wilians, em São Paulo, no último dia 12.

Considerado um dos principais expoentes do modernismo brasileiro, o artista teve sua produção marcada pela representação da cultura popular e da vida urbana.

Já Wilians foi alvo da fase da operação que mirou suspeitos de serem os operadores financeiros do esquema de desvios de benefícios do INSS.

No relatório da investigação, em abril, a polícia listou movimentações financeiras atípicas do advogado como parte de um conjunto de relatórios que citam transações de centenas de pessoas e empresas.

Os dados incluem movimentações de R$ 4,6 bilhões do escritório de advocacia e de uma empresa de investimentos de Wilians, feitas de julho de 2019 ao mesmo mês de 2024.

Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do INSS, ele negou ter participado de qualquer irregularidade. Sua defesa disse que o advogado “tem colaborado integralmente com as autoridades e confia que a apuração demonstrará sua total inocência”.

Durante a operação, a PF também apreendeu uma réplica de carro de corrida pilotado por Ayrton Senna, além de uma Ferrari, relógios de luxo e quantias em dinheiro.


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