Milhares de pessoas se reuniram nesta quarta-feira (17) no centro de Londres contra a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que chegou ao Reino Unido na terça-feira (16) para uma visita oficial de três dias.
A manifestação, organizada pelo grupo Stop Trump, foi monitorada por mais de 1.600 agentes de segurança, informou a polícia de Londres.
Alguns cartazes exibiam slogans como: “Migrantes são bem-vindos, Trump não é bem-vindo”, “Não ao racismo, não a Trump” e “Bombardear crianças em Gaza e comemorar no Reino Unido”.
Trump aterrissou na noite de terça-feira no aeroporto londrino de Stansted e iniciou nesta quarta-feira, em Windsor, sua segunda visita de Estado ao Reino Unido.
O presidente americano e a primeira-dama, Melania, foram recebidos com grande pompa ao meio-dia pelo rei Charles 3º e pela rainha consorte Camila, no Castelo de Windsor, uma das residências oficiais da monarquia, a cerca de 40 quilômetros de Londres.
No entanto, a visita de Trump, cuja mãe era escocesa, enfrentou forte rejeição de parte da sociedade britânica.
“Queremos dar aos britânicos a oportunidade de expressar seu ódio a Donald Trump, a sua política e a seu racismo”, disse à AFP Zoe Gardner, da coalizão Stop Trump.
“Tenho medo da forma como o mundo está sendo invadido por homens realmente maus”, comentou Jo Williamson, uma manifestante de 58 anos.
“Tivemos uma grande manifestação aqui neste fim de semana, muito racista, e queríamos nos expressar”, acrescentou, em referência a uma concentração organizada no último sábado pela ultradireita, que reuniu mais de 100 mil pessoas.
Antes da chegada de Trump, ainda na terça, manifestantes já haviam realizado protestos na cidade, mesmo com a segurança reforçada devido à visita, incluindo uma grande operação policial em Windsor. Quatro pessoas foram presas após projetarem imagens de Donald Trump ao lado de Jeffrey Epstein nas paredes do castelo.
Entre as projeções estava uma carta na qual Trump se refere a Epstein como amigo e deseja que “cada dia seja outro segredo maravilhoso”. O texto aparecia acompanhado de um desenho de uma silhueta feminina nua. Além disso, foram exibidas imagens de mulheres que se apresentaram como vítimas de Epstein, recortes de reportagens sobre o caso e trechos de relatórios policiais.
