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Juíza dos EUA ordena deportação de ativista pró-Palestina – 17/09/2025 – Mundo

Uma juíza de imigração do estado da Louisiana, nos Estados Unidos, ordenou nesta quarta-feira (17) a deportação do ativista pró-Palestina e ex-aluno da Universidade Columbia Mahmoud Khalil, que passou mais de três meses preso após ser detido por agentes de imigração do governo Donald Trump.

A juíza Jamee Comans concordou com o argumento do Departamento de Justiça e do Departamento de Estado de que Khalil, ao não mencionar seu ativismo pró-Palestina em entrevistas para obter a residência permanente nos EUA, fraudou o processo de imigração. Comans ordenou que ele seja deportado para a Síria, onde nasceu e viveu até 2013, ou para a Argélia. Khalil é filho de refugiados palestinos.

Especificamente, o governo Trump afirmava que Khalil “escondeu suas ligações” com a UNRWA, a agência da ONU para refugiados palestinos, para a qual o ativista trabalhou, e com o movimento BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que pede sanções contra Israel. Assim, ele poderia perder o green card.

Os advogados de Khalil informaram à Justiça federal em Nova Jersey que pretendem recorrer da decisão, mas demonstraram preocupação com a rapidez deste processo e com as poucas chances de sucesso em casos do tipo. Segundo eles, a instância superior de apelação em casos de imigração raramente concede suspensões de deportação para não cidadãos.

A equipe de defesa ressaltou que a única barreira real para impedir a remoção de Khalil, no momento, é a ordem do tribunal federal de Nova Jersey que bloqueia temporariamente a deportação enquanto analisa o pedido de habeas corpus do ativista. Sem essa proteção, afirmaram, não haveria mecanismos eficazes para preservar seu status de residente permanente legal nos Estados Unidos.

Em nota, Khalil acusou o governo Trump de adotar “táticas fascistas” e disse que o processo de imigração conduzido contra ele seria uma forma de retaliação política. “Não é surpresa que o governo Trump continue a retaliar contra mim pelo meu exercício da liberdade de expressão. Sua mais recente tentativa, por meio de um tribunal de imigração de fachada, expõe sua verdadeira face mais uma vez”, declarou.

O ex-aluno da Universidade Columbia ficou detido por mais de três meses em Louisiana, após ser preso em março. Sua prisão ocorreu no apartamento onde vivia, em Manhattan, e foi parte de uma ofensiva do governo Trump contra acadêmicos e estudantes pró-Palestina que estavam legalmente no país. Naquele momento, ele não foi acusado de nenhum crime.

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