Eduardo Bolsonaro critica Zema e fala em ‘turminha da elite financeira’

ARTUR BÚRIGO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) rebateu nesta quarta-feira (23) as críticas de Romeu Zema (Novo) e disse que o governador de Minas faz defesa de “sua turminha da elite financeira” ao criticar as tarifas de 50% impostas pelo governo Donald Trump.

Zema havia afirmado que a posição do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de incentivar a medida do presidente americano teria causado um problema para a direita, em entrevista publicada na última segunda (21) pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania, não há problema, mas mexeu na sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver”, disse Eduardo Bolsonaro em publicação na rede social X nesta quarta.

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O deputado, que está nos Estados Unidos, tem defendido as tarifas como forma de pressionar o governo Lula (PT) e o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

A crítica do filho do ex-presidente acontece no momento em que o governador de Minas tem procurado se aproximar cada vez mais, por meio de discursos e publicações, do eleitorado de Bolsonaro.
A estratégia está ligada à nacionalização do nome do mineiro para as próximas eleições presidenciais.

Zema deverá anunciar sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto em um evento em São Paulo no próximo mês, e segundo nota divulgada pelo Novo, a iniciativa foi “recebida de forma positiva” por Jair Bolsonaro.

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No dia em que a Casa Branca anunciou a nova política tarifária contra a produção brasileira, Zema chegou a culpar o presidente Lula, a primeira-dama Janja Lula da Silva e o STF pela medida.
Horas depois, porém, após ser pressionado pelo setor produtivo mineiro, o governador recuou e afirmou que a medida é errada e injusta e penalizaria todos os brasileiros.

Minas Gerais está entre os estados mais afetados pelo tarifaço do governo americano, previsto para entrar em vigor no dia 1º de agosto.

O estado é o terceiro que mais exporta para os EUA, com US$ 4,62 bilhões embarcados em 2024. Os principais produtos exportados pelo Estado foram café (33,1%) e ferro e aço (29,2%).

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A nova tarifa pode reduzir o PIB (Produto Interno Bruto) mineiro em até R$ 21,5 bilhões, com prejuízo de R$ 3,16 bilhões na massa salarial e eliminação de até 187 mil postos de trabalho, segundo estudo da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais).

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