
Em entrevista ao portal LeoDias, a médica dermatologista Antonella Murad, especialista em tricologia, explica como manter os resultados e evitar novos transplantes capilares
A calvície, também conhecida como alopecia androgenética, não escolhem fama ou status. Celebridades como Bruno Gagliasso, Wesley Safadão, Marcello Antony, Lucas Lucco, Eduardo Costa, Luciano Camargo e Malvino Salvador já recorreram ao transplante capilar para recuperar a autoestima. No entanto, muitos precisaram passar pelo procedimento mais de uma vez, e isso revela um alerta importante: sem tratamento contínuo, até os fios transplantados podem cair. Em entrevista ao portal LeoDias, a dermatologista Antonella Murad, especialista em tricologia, explica os cuidados essenciais após a cirurgia e os desafios no combate à queda de cabelo.
Segundo a especialista, essa é uma das principais dúvidas de pacientes e um dos motivos que levam celebridades e anônimos a passar mais de uma vez pelo centro cirúrgico.
“Mesmo depois do transplante, o cabelo não transplantado ainda pode cair se não houver um tratamento contínuo. Isso inclui o uso de medicamentos como minoxidil e finasterida, além de terapias como PRP (plasma rico em plaquetas), laser capilar e mesoterapia”, explica.
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Transplante capilar não é o ponto final do tratamento
A médica ressalta que, especialmente nos casos de alopecia androgenética, a calvície é progressiva e tende a avançar com o tempo. “Sem o devido acompanhamento, até mesmo os fios que foram transplantados podem ser afetados”.
Entre os motivos mais comuns que levam à necessidade de novos transplantes estão:
- Progressão da calvície: “Sem acompanhamento médico, áreas não transplantadas continuam a perder densidade, criando a necessidade de novas intervenções”, destaca a Dra. Antonella.
- Falta de manutenção adequada: Cuidados como evitar traumas, manter a rotina de medicamentos e comparecer às consultas de acompanhamento fazem toda a diferença nos resultados a longo prazo.
Um levantamento da International Society of Hair Restoration Surgery (ISHRS) mostra que 60% dos pacientes com calvície mais avançada podem vir a precisar de múltiplos transplantes ao longo da vida — principalmente se não adotarem medidas de prevenção e estabilização da queda.
“Quando personalidades como Bruno Gagliasso dividem sua jornada, isso desmistifica o procedimento e incentiva outras pessoas a buscarem soluções para a calvície. Mas é importante reforçar que o transplante é apenas parte do processo; a manutenção é indispensável”, reforça a especialista.
Como manter os resultados e evitar novas cirurgias?
A Dra. Antonella lista três pilares fundamentais para garantir que o transplante capilar traga benefícios duradouros:
- Tratamento contínuo da calvície: Manter o uso de medicamentos e terapias auxiliares ajuda a controlar a progressão da queda.
- Acompanhamento médico: Revisões regulares permitem ajustar o tratamento e agir precocemente em novas áreas afetadas.
- Planejamento estratégico: Em casos de alopecia avançada, preservar a área doadora é essencial, pensando em possíveis transplantes futuros.
“Os melhores resultados vêm de uma abordagem combinada: cirurgia bem planejada e cuidados clínicos contínuos”, finaliza a médica.