

Bombardeios ocorreram nas proximidades de áreas de distribuição de ajuda humanitária, agravando crise no enclave palestino
Pelo menos 31 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas após o Exército de Israel realizar novos ataques aéreos e disparos terrestres nas imediações de centros de distribuição de ajuda humanitária em Gaza, nesta segunda-feira (10). As informações foram divulgadas por fontes médicas palestinas e confirmadas por organizações humanitárias que operam no enclave.
O ataque teria ocorrido perto de Al-Nuseirat e Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, áreas onde milhares de civis estavam reunidos para receber alimentos e suprimentos básicos. Segundo relatos de profissionais de saúde, muitas das vítimas eram mulheres, crianças e idosos.
Ataques em zonas humanitárias intensificam crise
O novo episódio acontece em meio a um cenário de emergência humanitária extrema, com escassez de comida, água, remédios e energia elétrica afetando mais de 2 milhões de habitantes em Gaza. Nas últimas semanas, os centros de distribuição de ajuda se tornaram os únicos pontos onde a população consegue acesso a alimentos — o que os torna também alvos vulneráveis em meio ao conflito.
A ONG Médicos Sem Fronteiras e a UNRWA (agência da ONU para refugiados palestinos) condenaram os ataques e alertaram para o colapso iminente do sistema de saúde local.
“Atacar áreas próximas a centros de ajuda agrava ainda mais o sofrimento da população civil e fere os princípios do direito humanitário internacional”, disse um porta-voz da UNRWA.
Israel diz mirar “infraestrutura terrorista”; civis são atingidos
As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que os ataques visavam alvos do Hamas escondidos entre civis, e que estão investigando os relatos de vítimas nas zonas humanitárias. O governo israelense acusa o grupo palestino de usar civis como escudos humanos e operar instalações militares em áreas residenciais.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, mais de 36 mil palestinos foram mortos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza. Israel afirma que atua em legítima defesa após o ataque do Hamas em 7 de outubro, que deixou 1.200 israelenses mortos e cerca de 250 sequestrados.
Acesso humanitário segue bloqueado
A entrada de ajuda humanitária por Rafah, no sul de Gaza, continua limitada após Israel assumir controle da passagem fronteiriça, dificultando ainda mais a chegada de alimentos e medicamentos. Organizações internacionais alertam para um risco iminente de fome generalizada e novas epidemias, especialmente entre crianças.
📌 Resumo dos principais pontos:
- Ataques israelenses perto de centros de ajuda em Gaza deixam pelo menos 31 mortos;
- Médicos relatam dezenas de feridos, entre eles mulheres e crianças;
- Israel afirma que atacava alvos do Hamas; organizações humanitárias denunciam violações;
- A crise humanitária em Gaza atinge níveis alarmantes, com escassez de recursos e acesso bloqueado.
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